No próximo 30 de setembro, a categoria secretarial comemorará os seus 35 anos de regulamentação profissional e, infelizmente, ainda há empregadores que insistem em contratar esses trabalhadores sem a devida habilitação.
Esta é uma luta bastante difícil e cabe a todos (secretários, estudantes, docentes, coordenadores de cursos, etc.) não permitir que isso ocorra. Somos todos fiscais da profissão. É preciso denunciar, esclarecer e principalmente não divulgar vagas para emprego que não contenham a exigência do registro profissional, obtido na SRTE, ou que anunciem contratação como “Assessores Executivos”, por exemplo. Ao proceder dessa forma, há a desvalorização da conquista obtida por meio da regulamentação, afinal a assessoria é somente uma das atribuições do secretariado.
A profissão passa por muitas transformações e hoje, após os 35 anos de reconhecimento, a categoria tem uma nova perspectiva. A luta sempre foi e continua sendo bastante difícil e todo esse tempo que se seguiu à normatização tem sido caracterizado por movimentos pela ocupação de espaços, estabelecimento de limites de atuação e defesa do campo profissional ainda ocupado ilegalmente por pessoas não habilitadas.
É importante mostrar as especificidades da profissão para que haja a sua consolidação. As ações devem ser não mais pela defesa do profissional, mas, sim, da profissão, nas suas áreas específicas, posto que a normatização referendou e delimitou a existência das habilidades técnicas, criando-se um corpo de profissionais mais especializado.
Assim, necessário se faz a busca contínua da qualificação e aperfeiçoamento principalmente no domínio das competências específicas exigidas na atualidade. Afinal, no mercado de trabalho ocorre uma seleção natural, dentro da qual os secretários vão progredindo segundo a própria capacidade.
Até hoje, poucos são os países que dispõem de uma lei de regulamentação da profissão de secretariado e é preciso conhecer que aqui no Brasil foi necessário de muito esforço e de muito trabalho para que isso ocorresse. Portanto, cabe aos profissionais o engajamento junto às entidades representativas (sindicatos e federação) com vistas à manutenção desse reconhecimento. Caso não haja essa conscientização, estamos fadados a perder tudo o que foi conquistado até aqui.