Dia Nacional da Consciência Negra: necessidade de uma agenda positiva

20 de novembro de 1695 é a data atribuída à morte de Zumbi dos Palmares. Ele foi um dos maiores batalhadores contra a escravidão no Brasil. Séculos depois, na década de 1960, o Movimento Negro adotou 20 de novembro como dia para lembrar, celebrar o legado e lutar por igualdade. A data foi oficializada no país em 2011, pela Lei nº 12.519, no dia 10 de novembro de 2011.

A data, dentre outras coisas, suscita questões sobre racismo, discriminação, igualdade social, inclusão de negros na sociedade e a cultura afro-brasileira. Diante do que já se tornou comum para o Movimento, há o estigma de situações e exposições de sofrimento e injustiças quando envolvem datas comemorativas em relação aos negros.

Isso precisa mudar.

Logicamente, a realidade é inaceitável. E, para além do contexto racista, os modelos em pessoas negras ocupam espaços de liderança, influência, poder e empoderamento precisam ser reforçados também. 

Além da necessidade de ter pessoas negras nas pautas que envolvem a data, é muito importante que ocupem posições de liderança na sociedade brasileira. Sobretudo nas áreas que são agentes de mudança, como o governo e grandes empresas – em cargos importantes. Para isso, políticas de formação como as cotas são imprescindíveis para um espaço de vivência equânime, na tentativa de recuperar o que foi e é perdido num país de tradição escravocrata.

Exemplos positivos precisam ser evidenciados. Seja no mundo sindical, trabalhista ou na sociedade.

Por Felipe Pacheco | Sindicatos Online – SON