No Boletim Informativo número um, publicado há 10 anos, falamos do nosso sentimento à época sobre a atividade sindical no Brasil e o preconceito sofrido, além da imagem distorcida das entidades criadas para atuar em defesa dos trabalhadores.
Infelizmente esse cenário não mudou muito, principalmente porque durante ao longo do tempo ainda se permitiu a criação e continuidade de sindicatos sem nenhuma ou mínima representatividade, ou seja, de pura fachada. Assim, o movimento sindical sério, dedicado e que, de fato, representa e defende os interesses de suas respectivas categorias perdeu muito. Principalmente na sua fonte de manutenção.
Isso porque todas os sindicatos existem e sobrevivem com as taxas (sindical, assistencial, associativa) pagas pelos representados, que em sua maioria reconhece no sindicato o legítimo e legal representante de seus direitos e interesses. Mas, infelizmente, tem uma parcela que somente quer levar vantagem, e só vê a instituição sindical para ser usada enquanto lhe interessa.
É ainda comum acontecer, mesmo antes de participar, de conhecer o sindicato, que a primeira reação seja ser contra as contribuições, especialmente a assistencial – fixada em assembleia da categoria – achando que os sindicatos só estão de portas abertas para o momento em que quiser ou precisar. Como se não houvesse custos diretos e indiretos para a estrutura sindical se manter, como: funcionários, telefones, energia elétrica, aluguel, condomínio, impostos, assistência jurídica, administrativa, homologatórias, etc.
Dessa forma, é necessário que os profissionais secretários percebam a importância de “ser sindicato”, de ter uma entidade que luta contra os maus patrões, contra as injustiças de todos os níveis, mas, primordialmente, contra a contratação de trabalhadores não qualificados de acordo com a legislação que regula a profissão.
Portanto, sempre bom lembrar que o SISDF não é sinônimo de assistência individual, mas de luta em defesa dos seus representados. É a voz da categoria do Distrito Federal, principalmente na exigência da contratação somente daqueles que têm Registro Profissional e nas mesas de negociação por melhores salários, entre tantas outras batalhas diárias.