Vivemos tempos sombrios com o aumento do desemprego principalmente para os trabalhadores menos qualificados, o que se reflete também em nossa profissão. A desculpa do projeto para a reforma trabalhista, ocorrida em 2017, era que haveria um aumento de emprego, mas já foi constatado que isso não ocorreu. Pelo contrário, o número de demissões vem aumentando gradativamente com o fechamento de empresas.
Agora, com o pretexto que o país vai melhorar está havendo uma verdadeira “lavagem cerebral” por meio do atual governo com a conivência da grande mídia a favor da reforma da previdência. E mais uma vez, o maior prejudicado será o trabalhador, principalmente o de baixa renda. Aliás, o atual PL afeta mais às mulheres o que significa que nossa categoria será amplamente atingida.
Na realidade, o que temos constatado é um verdadeiro massacre contra a classe trabalhadora em benefício do empresariado, dos banqueiros, enfim dos grandes empregadores. Vê-se notadamente a retirada de alguns dos direitos adquiridos ao longo dos anos por meio das negociações feitas entre as entidades sindicais de patrões e empregados.
Não se fala em investimento naquilo que é essencial para o povo (educação, saúde e moradia), além do retorno do crescimento de postos de trabalho. Pelo contrário, está havendo um verdadeiro desmantelamento das escolas e da saúde públicas além do cancelamento de projetos sociais.
E, novamente, o combate a todas essas perdas está sendo feita pelas entidades sindicais. É preciso resistir para que não haja mais prejuízo, visto que já se fala na diminuição do período de trinta dias e da retirada do abono de férias, do fim do décimo terceiro, dentre outros. Se o trabalhador aceitar passivamente as mudanças agora, outras poderão vir e, assim, ter cada vez mais danos.
É muito comum os trabalhadores pensarem que os direitos que eles possuem foram dados pelos patrões. Inclusive, tem muito empregador que se aproveita da ingenuidade do empregado e finge que o aumento salarial e benefícios foram dados pela própria empresa e não conquistado pelo sindicato após a negociação da pauta e assinatura da convenção coletiva.
Já está mais que no tempo dos profissionais secretários perceberem que esses direitos são frutos de muita luta e que se não houver o fortalecimento e a valorização do SISDF por parte da categoria essas vantagens podem deixar de existir. Só uma entidade forte e reconhecida pode conquistar mais benefícios.