SER SINDICATO

No boletim anterior contamos uma das inúmeras histórias ocorridas no SISDF, que reflete o quanto a categoria secretarial ainda não entendeu a importância de ter um sindicato exclusivo, lutando pelos seus direitos; e o tamanho da perda que terão no caso deste fechar.

A cada ano, quando assinamos a Convenções Coletivas de Trabalho, principalmente no segmento da terceirização, vivemos cenas inusitadas no período de entrega das cartas de oposição. Muitos sequer sabem do que se trata. Ou seja, entregam o documento sem entender que estão se contrapondo ao trabalho realizado pela entidade para conseguir o reajuste de salário, a continuidade dos planos de saúde e odontológico etc., e que, ao não contribuir, existe o risco de ficar sem ter quem faça tamanha negociação. 

Entretanto, nesses casos, só temos a lamentar a falta de conhecimento desses profissionais. Em muitos casos, se utilizam dos benefícios oferecidos pelo SISDF, sem perceber o quanto podem perder caso o sindicato não tenha como continuar se mantendo.

Porém, o mais inusitado, como já comentado algumas vezes, é o tratamento de muitos com as pessoas recebedoras das cartas e até mesmo com os funcionários e dirigentes. Tratam-nos como se fôssemos adversários. Isso até não precisarem dos serviços oferecidos pela entidade e em alguns casos essa procura ocorreu no mesmo dia da entrega da oposição.

Mesmo vivendo na era da informação, percebemos que uma grande parcela dos profissionais de secretariado desconhece totalmente as atribuições de uma entidade sindical. Por isso, é sempre bom lembrar a necessidade de buscar saber qual o verdadeiro papel do SISDF para não cobrar ações não cabíveis e depois se negar a contribuir com a justificativa de que o sindicato deixou de fazer algo que, legalmente, não é sua prerrogativa.

Temos a consciência de estar cumprindo o papel que nos é cabível, dentro das possibilidades oferecidas pela categoria. Sabemos que há muito a fazer, mas cada dia está mais difícil executar os trabalhos, pois com a pouca verba recebida, é necessário priorizar as ações mais importantes.

Desta forma, é preciso que os secretários e secretárias entendam o seguinte: a continuidade dos direitos e benefícios conquistados até agora depende da contribuição individual, pois a sobrevivência da entidade só se dará se houver união.