Setembro Amarelo é prioridade o ano inteiro

Setembro Amarelo é prioridade o ano inteiro, mas desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM divulgam e conquistam parceiros no Brasil inteiro com essa linda campanha.
O dia 10 do mês de setembro foi escolhido oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, e é considerado a maior campanha anti estigma do mundo, visando conscientizar e salvar vidas. Neste ano de 2024, o lema é “SE PRECISAR, PEÇA AJUDA”.
Em 2023 o Jornal da OAB, publicou um artigo que destacou a importância das práticas corporativas que valorizem o bem-estar mental e a necessidade de uma abordagem que integre direitos humanos e saúde no ambiente de trabalho de transcendência a humanidade. (https://jornaldaadvocacia.oabsp.org.br/noticias/setembro-amarelo-no-ambiente-corporativo-saude-mental-responsabilidades-e-acoes-a-luz-dos-direitos-humanos/).

  • A Saúde Mental no Panorama Global e Nacional;
  • A Dignidade da Pessoa Humana e a Saúde Mental;
  • O Papel das Empresas na Promoção dos Direitos Humanos e Saúde Mental;
  • Parecer de uma Profissional da Psicologia sobre Saúde Mental no Ambiente Corporativo – Sra. Elma José da Silva Machado;
  • A Responsabilidade Jurídica e Ética das Empresas na Promoção da Saúde Mental dos Colaboradores
  • Ações recomendadas para Promoção da Saúde Mental no Ambiente Corporativo, dentre muitos outros assuntos relacionados ao suicídio.

A taxa de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano no Brasil entre os anos de 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período. O número foi maior que na população em geral, cuja taxa de suicídio teve crescimento médio de 3,7% ao ano e a de autolesão 21% ao ano, neste mesmo período. Esses resultados foram encontrados na análise de um conjunto de quase 1 milhão de dados, divulgados em um estudo recém-publicado na The Lancet Regional Health – Americas, desenvolvido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com pesquisadores de Harvard.  
“As taxas de notificação por autolesões aumentaram de forma consistente em todas as regiões do Brasil no período que analisamos. Isso também aconteceu com o registro geral de suicídios, que teve um crescimento médio de 3,7% ao ano”, explica Flávia Jôse Alves, pesquisadora do Cidacs/Fiocruz e líder da investigação. Para chegar às conclusões, a equipe analisou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
O comportamento suicida entre adolescentes não é algo raro. Estatísticas em vários países, entre eles EUA, Inglaterra e Brasil, refletem uma tendência preocupante: há mais de uma década, as taxas de comportamento autodestrutivo entre jovens vêm aumentando. Isso engloba de automutilação a ideação e tentativas de suicídio propriamente ditas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já destaca que o suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos. No Brasil, entre 2011 e 2022, o maior aumento nas taxas de suicídio ocorreu entre pessoas de 10 a 24 anos, com as notificações de autolesões registrando um crescimento de 29%.
Esses dados sublinham a complexidade do problema e a necessidade urgente de enfrentá-lo, mostrando que, embora o bullying e as pressões no ambiente escolar sejam relevantes, eles são apenas parte de uma questão mais ampla.
Para entender e abordar esse quadro, é essencial reconhecer o que está por trás do comportamento suicida na adolescência: ele decorre de uma combinação de fatores biológicos, emocionais, ambientais e sociais. O cérebro do adolescente passa por uma fase de desenvolvimento único e vulnerável, em que as áreas responsáveis pelas emoções são altamente ativadas. (Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/mens-sana/e-possivel-prevenir-o-suicidio-de-um-adolescente/).
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma questão de saúde pública global, com mais de 700 mil mortes anuais, número que pode ultrapassar 1 milhão se consideradas as subnotificações.
No Brasil, cerca de 14 mil casos são registrados anualmente, o que resulta em uma média de 38 suicídios por dia. As Américas, infelizmente, seguem na contramão da tendência global de queda nas taxas de suicídio, evidenciando a urgência de ações efetivas na região.
Para 2024, a campanha Setembro Amarelo reforça a importância de quebrar o silêncio em torno do tema, incentivando o diálogo e a busca por ajuda em momentos de crise. Ao longo do ano, a campanha disponibilizará uma série de materiais educativos e informativos, acessíveis a todos, com o intuito de engajar a sociedade na causa. (https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/setembro-amarelo-2024-se-precisar-peca-ajuda/) .